Quinta de Chocapalha
Quem sobe à Serra de Montejunto depara-se com uma paisagem que enamora os sentidos. Um cenário feito com o verde dos campos, não apenas de vinhas, e com o azul do mar. Contudo, nem tudo estava ajustado aos objectivos que a família Tavares da Silva tinha em mente, o que levou Paulo Tavares da Silva a dedicar-se empenhadamente ao estudo.
Quis também ouvir as pessoas mais velhas das aldeias, conhecedoras dos segredos da natureza da zona. Desde o começo que o projecto assenta no aproveitamento do que a tradição tem de melhor, juntando-lhe o conhecimento e a tecnologias mais modernas.
Embora há muito tempo reconhecida com potencial para produzir grandes vinhos, esse objectivo foi mudando. Quando a família Tavares da Silva chegou à Quinta da Chocapalha, as castas plantadas visavam a obtenção de produção e estavam em mau estado. Reestruturar a vinha foi inevitável para cumprir o objectivo de conseguir produzir vinhos que melhor reflectissem o especial terroir desta quinta.
A Quinta da Chocapalha situa-se nesse ondulado, por onde se desce até ao Tejo. A estrada, que vem da Aldeia Galega da Merceana, tem um charme muito próprio, ornamentada por árvores centenárias e de grande porte.
A região de Alenquer foi habitada muito cedo. Em escavações arqueológicas foram encontrados objectos de cerâmica, datados do período do Neolítico.
A romanização aconteceu a partir do século II Antes de Cristo. A decadência do Império Romano trouxe os Visigodos até à região, por onde passaram também Suevos, Alanos e Vândalos. Com a chegada dos Mouros à Península Ibérica, em 711, toda esta área foi ocupada por populações muçulmanas.
Aqui, o cultivo da vinha é antigo, remontando ao tempo da ocupação romana. Mesmo durante o período muçulmano se continuou a fazer vinho neste território. Ao longo dos séculos, os forais das vilas em redor de Alenquer o referiram como parte importante da economia local.